ESPORTES
Thiago Braz, ouro em 2016, é suspenso por dopping e está fora das Olimpíadas de 2024
O atleta brasileiro é um dos principais nomes do salto com vara na atualidade
28/05/2024 às 11:50h - Atualizado em 28/05/2024 às 11:55h
O campeão olímpico do salto com vara, Thiago Braz, foi oficialmente suspenso do esporte por 16 meses, resultando em sua ausência nas Olimpíadas de Paris 2024.
A World Athletics, entidade máxima do atletismo mundial, confirmou na manhã desta terça-feira que a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) considerou que o atleta brasileiro violou as Regras Antidoping do Atletismo Mundial.
Fábio Motta/Estadão Conteúdo
Thiago estava suspenso provisoriamente desde 28 de julho de 2023, após ter sido pego em um teste antidoping com a substância ostarina, uma droga utilizada para o aumento de massa muscular, em um exame realizado em 2 de julho do ano passado.
Com a confirmação da suspensão, ele só poderá voltar a competir em 27 de novembro deste ano, três meses após o fim dos Jogos Olímpicos.
O advogado do atleta, Marcelo Franklin, já entrou com um recurso na Corte Arbitral do Esporte.
Segundo ele, "A decisão foi boa, porque queriam quatro anos, então vencemos na casa da World Athletics. Estabelecemos que o Thiago não teve culpa, foi uma vítima da contaminação cruzada. Na semana passada, apelamos para a Corte Arbitral do Esporte porque ainda consideramos 16 meses desproporcional".
Thiago Braz, aos 30 anos, é um dos principais nomes do salto com vara no mundo. Além do ouro olímpico na Rio 2016, ele tem uma medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio 2020 e uma prata no Mundial de Atletismo Indoor de Belgrado 2022.
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Em nota, a Unidade de Integridade do Atletismo (Athletics Integrity Unit), órgão autônomo e separado da World Athletics, informa que pediu a suspensão de 4 anos e ainda considera entrar com recurso para aumentar a pena para este período.
Segundo a instituição, Thiago foi “imprudente” e agiu com “intenção indireta”, já que os atletas são informados do risco do uso de suplementos feitos em farmácias de manipulação, e Thiago “desconsiderou manifestamente esse risco”.
No entanto, o Tribunal Disciplinar decidiu que não houve "falha ou negligência significativa", já que Thiago teria sido orientado pela sua equipe médica no consumo do suplemento.
Embora tenha sido revelado apenas nesta terça-feira, o veredito foi dado no dia 20 de maio.
A defesa de Thiago entrou com o recurso três dias depois, pedindo julgamento sumário. Não há ainda data marcada, mas Franklin acredita que o julgamento aconteça em até 15 dias.
Foto: Aleksandra Szmigiel